O fígado é responsável pela síntese e metabolismo de várias substâncias fundamentais para a digestão e o funcionamento do organismo. Entre elas, a metabolização ou desintoxicação de fármacos.
O consumo excessivo de remédios, a princípio, não tem relação direta com o desenvolvimento do câncer de fígado. A exceção se faz, por exemplo, com o abuso de uso de esteroides anabolizantes, que podem levar ao surgimento do hepatocarcinoma, tumor maligno hepático mais frequente.
Já o uso exagerado e sem controle médico de diversas substâncias pode ser um dos fatores de risco para o desenvolvimento da hepatite medicamentosa, incluindo a hepatite fulminante, que coloca em sérios riscos a vida de quem toma esta atitude. Outras medicações podem, com o tempo, favorecerem o aparecimento da cirrose que, por sua vez, aumenta o risco para câncer de fígado.
Vamos entender como funciona o fígado
Nosso fígado é responsável pela síntese e metabolismo de várias substâncias fundamentais para a digestão e o funcionamento do organismo. Entre elas, a metabolização ou desintoxicação de fármacos.
Nesse processo, medicamentos e toxinas são convertidos em formas inativas por reações que ocorrem no fígado. No entanto, enquanto alguns medicamentos são inativados, outros podem ser ativados e convertidos em produtos tóxicos, prejudicando as funções do fígado.
Os riscos do abuso de medicamentos e automedicação para o fígado
A automedicação e o abuso de medicamentos podem colocar em risco a saúde do fígado. Sem controle médico sobre a necessidade e a dose do remédio, algumas substâncias podem afetar a velocidade de metabolização.
Se um medicamento for metabolizado mais rápido que o normal, ele pode ser decomposto e eliminado antes de exercer a sua função. Por outro lado, se o medicamento for metabolizado de modo mais lento, efeitos colaterais são mais prováveis.
Há medicamentos anti-inflamatórios ou para alívio de dores de cabeça, por exemplo, que são vendidos livremente e utilizados de maneira indiscriminada pela população. Algumas dessas substâncias, apesar de parecerem inofensivas, apresentam elevado potencial para causar lesão no fígado. No caso desse tipo específico de lesão, os sintomas variam. A pessoa pode inicialmente não sentir nada ou apresentar sintomas comuns a problemas hepáticos, como mal-estar, náuseas e icterícia (pele e olhos amarelados).
Outros tipos de medicamentos, sem a correta administração indicada pelo médico, também podem causar danos ao fígado: antibióticos, anticonvulsivantes, anabolizantes e fitoterápicos.
Não há relação direta entre o excesso do consumo de medicamentos e o câncer de fígado
O maior risco do abuso de medicamentos é o desenvolvimento de alguma forma de hepatite, aguda (e às vezes, fulminante) e crônica. Quando estas hepatites evoluem para cirrose, aí há o aumento de risco de desenvolvimento de neoplasias.
Mas o melhor mesmo é se cuidar e ficar longe do abuso de medicações.
Consulte sempre seu médico para uso destas substâncias e cuide da saúde do seu fígado.