A chegada da cirurgia robótica proporcionou benefícios para pacientes e médicos. Desde a redução do risco de efeitos adversos para quem é tratado, como também um melhor manuseio para quem realiza o procedimento. E essa técnica, que ganha cada vez mais espaço no tratamento oncológico, passou também a ser utilizada em outras especialidades recentemente, como a neurocirurgia.
Mas para entender o impacto trazido pela cirurgia robótica, é preciso voltar no tempo e entender a importância do surgimento da cirurgia convencional. Essa história começa no século 19, com o uso da técnica para realizar um corte no paciente e, desse modo, permitir ao médico alcançar o local da doença ou lesão para diagnosticá-la ou tratá-la. A cirurgia também passou a ser utilizada para procedimentos estéticos e para melhorar ou recuperar alguma funcionalidade do corpo.
A partir dessa época, a cirurgia cresceu cada vez mais em importância na medicina. Dentro da oncologia, então, o procedimento é fundamental: cerca de 80% dos pacientes vão precisar de uma cirurgia durante alguma etapa, seja diagnóstico, estadiamento, tratamento ou até para prevenir um novo tumor de surgir.
Um passo importante da cirurgia é a via de acesso, ou seja, como o cirurgião consegue chegar ao órgão que precisa ser tratado. Este acesso pode ser feito de diversas formas, como por exemplo: aberta (por meio de uma grande incisão para remover o tumor), minimamente invasiva ou robótica. Esta última é a mais avançada técnica cirúrgica, no qual o cirurgião se senta em uma mesa de operação e controla braços robóticos por meio de um "joystick" para remover o tumor.
A história da cirurgia robótica começa nos anos 1980, um século depois do início da cirurgia convencional. A força dessa técnica com robôs passou a crescer mesmo nos anos 2000, com o tratamento de tumores na próstata, pois a cirurgia robótica reduz o risco de efeitos adversos, como risco de sangramento e infecções, além de acelerar o retorno do paciente às suas atividades ao diminuir o tempo de internação e o tamanho do corte.
No tratamento do câncer no trato gastrointestinal, a cirurgia robótica pode ser utilizada para remover tumores do esôfago, estômago, pâncreas, fígado, cólon e reto. O procedimento está consagrado também em especialidades como urologia e ginecologia, devido à precisão milimétrica nas incisões.
O avanço da cirurgia robótica foi além da oncologia. Nos últimos anos, passou a ser utilizada na coluna, para quem sofre com vértebras instáveis, fraturas e desvios (como a escoliose), como também na neurocirurgia, com o emprego de biópsias cerebrais, que exigem uma perfuração precisa no crânio.
No entanto, o avanço da cirurgia robótica não representa que o médico será substituído. Pelo contrário: a tecnologia hoje é um grande acessório auxiliar para o cirurgião. No futuro, com o avanço e otimização das redes de conexões como o 5G, que reduzem a latência, discute-se a possibilidade inclusive da cirurgia remota, onde o médico não está presente no mesmo local da operação.
A equipe do CCONCO é especializada em cirurgia oncológica tradicional, laparoscópica e robótica para tratamento dos tipos de câncer do trato gastrointestinal.
Tem alguma dúvida?
Entre em contato conosco.