Apesar do GIST ser um tipo raro de câncer, a doença entrou em evidência após ser diagnosticada recentemente no cantor Paulinho da Viola. O GIST é uma sigla em inglês para tumor estromal gastrointestinal. Esse tipo de câncer começa no sistema digestivo e atinge principalmente o estômago e o intestino delgado - e, em casos mais raros, o esôfago, o intestino grosso (cólon) e o reto.
O GIST pode ocorrer em qualquer idade, mas geralmente é detectado em pessoas com mais de 50 anos. Os fatores de risco desse tumor ainda não são conhecidos, mas acredita-se que são ligados a causas genéticas, como mutações hereditárias (herdadas de pais para filhos).
Quando o GIST está nos estágios iniciais, pode não causar sintomas - e seu crescimento pode ser lento inicialmente. No entanto, quando atinge fases mais avançadas da doença, o GIST pode manifestar sinais como:
Dores Abdominais;
Crescimento de algo que você pode sentir no abdome;
Fadiga;
Náusea ou necessidade de vomitar;
Cólicas no abdome após uma refeição;
Não sentir fome em horários habituais ou se sentir saciado muito rapidamente;
Fezes de cor escuras por causa de sangramentos no aparelho digestivo.
Esse sangramento digestivo foi o sintoma que levou o cantor Paulinho da Viola a passar por exames e confirmar o diagnóstico do GIST.
Por se tratar de uma celebridade, o caso repercutiu na mídia e veículos como Veja Saúde e o Portal Medicina & Saúde buscaram o diretor do CCONCO, o cirurgião oncológico Héber Salvador, para explicar melhor o que é o GIST e como essa condição pode ser tratada.
Antes de iniciar o tratamento, no entanto, é preciso confirmar se um paciente tem
ou não o GIST. Para isso, a detecção da doença ocorre com o auxílio de exames de imagem e endoscopia. Mas a confirmação se o tumor localizado nos órgãos ou tecidos se trata de um GIST é com base na biópsia, na qual a análise do tumor é realizada em laboratório.
A remoção do GIST geralmente é feita cirurgicamente - e esta também é a principal forma de tratamento desse tipo de câncer. O foco da cirurgia é remover todo o tumor estromal para evitar riscos de metástase ou recidiva (retorno) do GIST. A terapia-alvo pode ser utilizada para combater células cancerígenas que permaneceram ou para justamente impedir que elas possam aparecer.