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Quais as formas de prevenir o câncer de estômago?

Atualizado: 17 de jul. de 2024

O câncer de estômago tem alguns fatores de risco diretamente relacionados à doença, como tabagismo, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, dieta pobre em verduras, frutas e cereais e com excesso em alimentos ultraprocessados e a infecção pelo H. Pylori. Além de evitar essas causas, existem também outras formas de prevenir o câncer de estômago, além da importância de entender melhor esse tipo de tumor.


mulher preocupada

 

O aparecimento do câncer do estômago pode ser um processo lento, que para se tornar invasivo e dar metástases, pode levar alguns anos. No início, o órgão pode apresentar alterações pré-cancerígenas ou tumores iniciais no revestimento interno (a mucosa). Nessa fase, em geral, a doença é totalmente assintomática e, por essa razão, muitas vezes, passa despercebida. Além disso, a depender da localização do tumor e da evolução da doença, os sintomas, assim como o tratamento, são diferentes.

 

O tipo de câncer mais prevalente (entre 90% e 95%) é o adenocarcinoma, que se forma a partir da mucosa. Mas também existem outras formas: o linfoma, cânceres do sistema imunológico que podem ser encontrados na parede do estômago; o tumor estromal (GIST), raros e que se iniciam nas células intersticiais de Cajal, que ficam na parede do estômago; tumor neuroendócrino, que se origina nas células do estômago responsáveis pela produção de hormônio.

 

Quanto mais precoce o diagnóstico e início de tratamento, maiores as chances de sucesso. No entanto, por se tratar de uma doença silenciosa na fase inicial, nem sempre isso acontece.

 

Por outro lado, podemos adotar medidas que diminuem muito o risco de desenvolvimento do câncer de estômago. Parte dessas medidas está relacionada a hábitos alimentares, manutenção de peso corporal e atividade física. O sobrepeso e a obesidade aumentam o risco de alguns tipos de câncer de estômago. Portanto, uma alimentação equilibrada e uma rotina não sedentária são fundamentais para manter o peso saudável e evitar a doença.

 

Esse estilo de vida traz benefícios que podem ir além da manutenção do peso. As evidências científicas indicam que uma dieta generosa em frutas e vegetais frescos diminuem o risco de câncer de estômago. As frutas cítricas, como laranja e limão, são muito benéficas nesse sentido.

 

Outra recomendação muito importante é evitar ou limitar o consumo de carnes vermelhas. O ideal é excluir da dieta os alimentos processados, bebidas adoçadas com açúcar e alimentos ultraprocessados.

 

O consumo exagerado de bebidas alcoólicas e o tabagismo também aumentam o risco de câncer de estômago. Fumar aumenta o risco de câncer de estômago proximal (porção do estômago mais próxima ao esôfago). Por sinal, o tabagismo aumenta o risco de muitos outros tipos de canceres, além de outras doenças, e é responsável por um terço de todas as mortes por doenças oncológicas.

 

Outra informação muito importante diz respeito a cânceres de estômago causados por síndrome de câncer gástrico difuso hereditário, uma mutação genética no gene CDH1. É um tipo de câncer pouco comum, mas é importante investigar por que a maioria das pessoas que têm essa mutação tem alto risco de desenvolver câncer de estômago e, às vezes, até uma gastrectomia total profilática pode ser necessária. Nesse grupo estão pessoas com histórico de câncer de mama lobular invasivo antes dos 50 anos ou com parentes próximos que tiveram câncer de estômago. Nestas pessoas é indicado fazer um exame genético para verificar se são portadoras desta síndrome, ou de outras, entre elas a síndrome de Lynch, um conjunto de alterações genéticas familiares que também aumentam o risco de câncer de estômago, além de outros tumores.

 

Um ponto que gera muita dúvida é a relação da bactéria H. Pylori com o câncer gástrico. Hoje esta infecção é considerada o principal fator de risco para o aparecimento da doença. Isso não significa que todos que apresentam a infecção pelo H. Pylori vão desenvolver o câncer. Mas também é verdade que a doença se desenvolve mais frequentemente em quem tem a bactéria. Assim, as últimas recomendações são de erradicar a infecção com antibióticos, especialmente em quem apresentem outros fatores de risco para o câncer gástrico.

 

Gostaram deste conteúdo? Ficou alguma dúvida? Coloca aqui para nossa equipe e aguarde sua resposta! A prevenção está em nossos hábitos diários. Se cuidem!

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