Câncer de Estômago
O estômago é formado por cinco partes diferentes: cárdia, que fica mais próxima do esôfago; fundo, parte superior que está próxima à cárdia; corpo, a região principal, entre as áreas superior e inferior; antro, a porção inferior (perto do intestino), onde o alimento se mistura com o suco gástrico e o piloro, que funciona como uma válvula para controlar o esvaziamento do conteúdo do estômago no intestino. Além disso, tem várias camadas. A mais interna é chamada de mucosa, onde é produzido o suco gástrico. A seguir está a submucosa e, depois, a camada de músculos, responsável pelo movimento que mistura os alimentos e o suco gástrico. O estômago é envolvido por duas camadas externas, a subserosa e serosa.
No estômago, o câncer não surge de uma hora para outra. Ao contrário, a doença tem um desenvolvimento lento, que pode levar anos. Pode começar com lesões pré-cancerosas que, na maioria dos casos, tem início na mucosa. Nessa fase, dificilmente haverá sintomas, o que pode fazer o processo passar despercebido. Além disso, o câncer pode se desenvolver em diferentes regiões do estômago e, dependendo da localização, tudo pode ser diferente: sintomas, opções de tratamentos e resultados esperados.
Entre os fatores que podem aumentar o risco de uma pessoa desenvolver câncer de estômago estão: gênero e idade, o câncer de estomago é mais comum em homens do que em mulheres e o número de casos é maior entre pessoas com mais de 50 anos; infecção pela bactéria H. pylory, que pode levar a inflamação e a lesões pré-cancerosas no revestimento interno do estômago; alimentação rica em defumados, peixes salgados e carne e vegetais em conserva; tabagismo; presença de pólipos etc. Além disso, algumas doenças hereditárias, como câncer gástrico hereditário difuso, síndrome de Lynch (ou câncer colorretal não poliposo hereditário), polipose adenomatosa familiar, síndrome de Li-Fraumeni e síndrome de Peutz-Jeghers, podem aumentar o risco de uma pessoa ter câncer de estômago.
TIPOS DE CÂNCER DE ESTÔMAGO:
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Adenocarcinomas - Correspondem a maioria dos casos de câncer de estômago diagnosticado. Esse tipo de câncer de estômago se desenvolve a partir das células da camada mais interna que reveste o órgão, a mucosa.
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Tumores estromais gastrointestinais (GISTs) - Esse tipo de tumor pode se desenvolver em qualquer parte do trato digestivo, mas a maioria começa no estômago. São tumores raros que podem atingir células localizadas na parede do estômago.
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Tumores neuroendócrinos (TNEs) - Os TNEs podem se desenvolver no estômago e em outras partes do trato digestivo. A maioria apresenta crescimento lento e não se espalha para outros órgãos. No entanto, há casos em que pode ocorrer metástase (quando o câncer cresce e atinge outras regiões do organismo). O nome neuroendócrino refere-se ao fato de que esse câncer se desenvolve em células do estômago que atuam como células nervosas (neuro) e como produtoras de hormônios (endócrinas).
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Linfomas - Alguns lifomas podem ter sua origem na parede do estômago, embora seja mais comum começarem em outras partes do corpo. É um câncer que se desenvolve nos linfócitos que são células do sistema imunológico.
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SINAIS E SINTOMASA maioria das pessoas com câncer de esôfago é diagnosticada porque apresenta sintomas. É raro que pessoas sem sintomas sejam diagnosticadas com esse tipo de câncer. Quando isso acontece, o câncer geralmente é descoberto por acidente, por causa de testes feitos para outros problemas médicos. Infelizmente, a maioria dos cânceres de esôfago não causa sintomas até atingir um estágio avançado, quando são mais difíceis de tratar. Os sintomas mais comuns de câncer de esôfago são: Dificuldade em engolir Dor no peito Perda de peso Rouquidão Tosse crônica Vômito Sangramento para o esôfago: esse sangue então passa pelo trato digestivo, o que pode tornar as fezes pretas. Com o tempo, essa perda de sangue pode levar à anemia (níveis baixos de glóbulos vermelhos), o que pode causar cansaço. Ter um ou mais sintomas não significa que você tenha câncer de esôfago. Na verdade, muitos desses sintomas são mais prováveis de serem causados por outras condições. Ainda assim, se você tiver algum desses sintomas, especialmente dificuldade para engolir, é importante que um médico os examine.
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DIAGNÓSTICOHá diferentes exames para diagnóstico de câncer de esôfago. A indicação vai depender do tipo de câncer suspeito, sinais e sintomas, idade e saúde geral do paciente e resultados obtidos com exames anteriores. Podemos dividi-los em exames de diagnóstico, estadiamento e prognósticos/definição de conduta terapêutica. O diagnóstico do câncer de esôfago é feito com uma endoscopia por meio da qual se reconhece a presença da lesão e se recolhe um fragmento – chamado biópsia – para análise pelo patologista. Confirmada a presença do tumor, segue-se então o estadiamento, que é a análise da extensão da doença no próprio órgão e em outras partes do corpo. Para esta finalidade, lançamos mão da Tomografia Computadorizada, da Broncoscopia (para casos em que o tumor pode ter relação com a via aérea), a Ecoendoscopia e o PET-CT. E, finalmente, para conhecermos melhor algumas características que o tumor pode apresentar e que teriam influência na tomada de decisão sobre o melhor tratamento pela equipe multidisciplinar, podem ser solicitados exames, como a pesquisa das proteínas HER2 e PD-L1 e dos produtos dos chamados genes de reparo do DNA (MLH1, MSH2, MLH6 e PMS2).
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TRATAMENTOO tratamento do câncer de esôfago pode ser dirigido para o órgão, em si, chamado de tratamento regional. Os mais comuns são cirurgia, radioterapia e endoscopia terapêutica. É mais provável que esses tratamentos sejam úteis para cânceres em estágios iniciais (menos avançados), embora também possam ser usados em algumas outras situações. Os tratamentos sistêmicos são medicamentos que podem ser administrados por via oral ou diretamente no sangue. Elas são chamadas de terapias sistêmicas porque viajam por todo o sistema, permitindo que alcancem as células cancerosas em quase qualquer parte do corpo. Dependendo do tipo de câncer de esôfago, diferentes de medicamentos podem ser usados, incluindo quimioterapia e mais recentemente a imunoterapia. De acordo com o estágio do câncer e de outros fatores, diferentes tipos de tratamento podem ser combinados ao mesmo tempo ou usados um após o outro. Alguns desses tratamentos também podem ser utilizados como tratamento paliativo quando todo o câncer não pode ser removido. O tratamento paliativo visa aliviar os sintomas, como dor e dificuldade para engolir, mas não se espera que cure o câncer.