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Câncer de Esôfago

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O câncer de esôfago começa quando as células do revestimento deste órgão (um tubo muscular oco que conecta a garganta ao estômago) começam a crescer de modo descontrolado.

 

Os principais fatores de risco para o câncer de esôfago são o envelhecimento (apenas 15% dos casos ocorrem abaixo dos 55 anos), sexo (a doença é mais comum nos homens),  tabagismo e etilismo, doença do refluxo gastroesofágico, esôfago de Barrett, obesidade, infecção pelo vírus HPV, dentre outros.

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TIPOS DE CÂNCER DE ESÔFAGO:

Há diferentes tipos de câncer de esôfago, que se classificam com base na categoria de célula em que se inicia.

 

  • Carcinoma de células escamosas - A camada interna do esôfago (a mucosa) é normalmente revestida de células escamosas. O câncer que começa nessas células é chamado de carcinoma de células escamosas. Ele pode ocorrer em qualquer lugar ao longo do esôfago, mas é mais comum na região do pescoço (esôfago cervical) e nos dois terços superiores da cavidade torácica (esôfago torácico superior e médio). 

  •  Adenocarcinoma - Os cânceres que começam nas células da glândula (células que produzem muco) são chamados de adenocarcinomas. Eles são frequentemente encontrados no terço inferior do esôfago (esôfago torácico inferior). Em algumas condições, como no esôfago de Barrett, as células da glândula começam a substituir as células escamosas na parte inferior do esôfago, e isso pode levar ao adenocarcinoma.

 

  • Tumores da junção gastroesofágica (GE) - Os adenocarcinomas que começam na área onde o esôfago se junta ao estômago (a junção GE, que inclui cerca de 5 cm do estômago), tendem a se comportar como cânceres no esôfago e são tratados como eles. Há também outros tipos raros de câncer que podem começar no esôfago, incluindo linfomas, melanomas e sarcomas.

  • SINAIS E SINTOMAS
    A maioria das pessoas com câncer de esôfago é diagnosticada porque apresenta sintomas. É raro que pessoas sem sintomas sejam diagnosticadas com esse tipo de câncer. Quando isso acontece, o câncer geralmente é descoberto por acidente, por causa de testes feitos para outros problemas médicos. Infelizmente, a maioria dos cânceres de esôfago não causa sintomas até atingir um estágio avançado, quando são mais difíceis de tratar. Os sintomas mais comuns de câncer de esôfago são: Dificuldade em engolir Dor no peito Perda de peso Rouquidão Tosse crônica Vômito Sangramento para o esôfago: esse sangue então passa pelo trato digestivo, o que pode tornar as fezes pretas. Com o tempo, essa perda de sangue pode levar à anemia (níveis baixos de glóbulos vermelhos), o que pode causar cansaço. Ter um ou mais sintomas não significa que você tenha câncer de esôfago. Na verdade, muitos desses sintomas são mais prováveis ​​de serem causados ​​por outras condições. Ainda assim, se você tiver algum desses sintomas, especialmente dificuldade para engolir, é importante que um médico os examine.
  • DIAGNÓSTICO
    Há diferentes exames para diagnóstico de câncer de esôfago. A indicação vai depender do tipo de câncer suspeito, sinais e sintomas, idade e saúde geral do paciente e resultados obtidos com exames anteriores. Podemos dividi-los em exames de diagnóstico, estadiamento e prognósticos/definição de conduta terapêutica. O diagnóstico do câncer de esôfago é feito com uma endoscopia por meio da qual se reconhece a presença da lesão e se recolhe um fragmento – chamado biópsia – para análise pelo patologista. Confirmada a presença do tumor, segue-se então o estadiamento, que é a análise da extensão da doença no próprio órgão e em outras partes do corpo. Para esta finalidade, lançamos mão da Tomografia Computadorizada, da Broncoscopia (para casos em que o tumor pode ter relação com a via aérea), a Ecoendoscopia e o PET-CT. E, finalmente, para conhecermos melhor algumas características que o tumor pode apresentar e que teriam influência na tomada de decisão sobre o melhor tratamento pela equipe multidisciplinar, podem ser solicitados exames, como a pesquisa das proteínas HER2 e PD-L1 e dos produtos dos chamados genes de reparo do DNA (MLH1, MSH2, MLH6 e PMS2).
  • TRATAMENTO
    O tratamento do câncer de esôfago pode ser dirigido para o órgão, em si, chamado de tratamento regional. Os mais comuns são cirurgia, radioterapia e endoscopia terapêutica. É mais provável que esses tratamentos sejam úteis para cânceres em estágios iniciais (menos avançados), embora também possam ser usados ​​em algumas outras situações. Os tratamentos sistêmicos são medicamentos que podem ser administrados por via oral ou diretamente no sangue. Elas são chamadas de terapias sistêmicas porque viajam por todo o sistema, permitindo que alcancem as células cancerosas em quase qualquer parte do corpo. Dependendo do tipo de câncer de esôfago, diferentes de medicamentos podem ser usados, incluindo quimioterapia e mais recentemente a imunoterapia. De acordo com o estágio do câncer e de outros fatores, diferentes tipos de tratamento podem ser combinados ao mesmo tempo ou usados ​​um após o outro. Alguns desses tratamentos também podem ser utilizados ​​como tratamento paliativo quando todo o câncer não pode ser removido. O tratamento paliativo visa aliviar os sintomas, como dor e dificuldade para engolir, mas não se espera que cure o câncer.
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