Tumor Neuroendócrino
Os tumores neuroendócrinos são cânceres que começam em células especializadas, chamadas células neuroendócrinas. As células neuroendócrinas têm características semelhantes às das células nervosas e das células produtoras de hormônios. Os tumores neuroendócrinos são raros e podem ocorrer em qualquer parte do corpo.
A maioria dos tumores neuroendócrinos ocorre nos pulmões, apêndice, intestino delgado, reto e pâncreas.
Existem muitos tipos de tumores neuroendócrinos. Alguns crescem lentamente e outros muito rapidamente. Alguns tumores neuroendócrinos produzem hormônios em excesso (tumores neuroendócrinos funcionantes). Outros não liberam hormônios ou não liberam o suficiente para causar sintomas (tumores neuroendócrinos não funcionantes). Há alguns anos, o termo Carcinoide era utilizado para se referir a estes tumores, especialmente os de crescimento mais indolente. Hoje em dia, este termo é evitado e a denominação de tumores neuroendócrinos deve ser preferida.
O risco de tumores neuroendócrinos é maior em pessoas que herdam síndromes genéticas que aumentam o risco de câncer. Dentre elas estão a neoplasia endócrina múltipla tipo 1 (MEN 1), neoplasia endócrina múltipla tipo 2 (MEN 2) , doença de Von Hippel-Lindau, esclerose tuberosa e neurofibromatose.
O diagnóstico e o tratamento dos tumores neuroendócrinos dependem do tipo de tumor, de sua localização, se ele produz hormônios em excesso, quão agressivo é e se se espalhou para outras partes do corpo.
TIPOS DE TUMOR NEUROENDÓCRINO:
Os principais tipos de tumores neuroendócrinos do trato digestivo são:
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Tumores Neuroendócrinos (TNEs) Gástricos – São descritos três tipos de TNEs no estômago. Estes tumores apresentam causas e comportamento clínico distintos e na sua maioria podem ser tratados por endoscopia, após uma avaliação especializada. Outros, no entanto, demandam cirurgias.
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Tumores Neuroendócrinos do Intestino Delgado – Estes tumores podem surgir em qualquer ponto do intestino delgado, incluindo o duodeno, o jejuno e o íleo, embora sejam mais frequentes neste último. Costumam ser lesões pequenas, muitas vezes de difícil caracterização mesmo em exames de imagem. Seus sintomas podem ser inespecíficos, desde um leve desconforto até cólicas abdominais. Em casos mais avançados, com metástases, podem surgir diarreia, vermelhidão intermitente na região do pescoço e da face e palpitações com taquicardia. O principal tratamento para estes tumores é a cirurgia para remoção da região acometida no intestino, os gânglios desta região e metástases, especialmente hepáticas, quando tecnicamente possível. Outras opções de tratamento com medicamentos e embolização hepática podem ser utilizadas.
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Tumores neuroendócrinos pancreáticos - Os tumores neuroendócrinos pancreáticos (pNET) são um grupo de cânceres que podem ocorrer nas células produtoras de hormônios do pâncreas. Os tumores neuroendócrinos pancreáticos, também conhecidos como cânceres de células das ilhotas, são muito raros.
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Os tumores neuroendócrinos do pâncreas começam em pequenas células produtoras de hormônios (células das ilhotas) normalmente encontradas no pâncreas. Algumas células tumorais neuroendócrinas pancreáticas continuam a secretar hormônios (conhecidos como tumores funcionantes), criando uma quantidade excessiva do hormônio liberado em seu corpo. Exemplos desses tipos incluem gastrinoma e insulinoma. Muitas vezes, esses tumores não secretam uma quantidade excessiva desses hormônios (conhecidos como tumores não funcionais).
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SINAIS E SINTOMASA maioria das pessoas com câncer de esôfago é diagnosticada porque apresenta sintomas. É raro que pessoas sem sintomas sejam diagnosticadas com esse tipo de câncer. Quando isso acontece, o câncer geralmente é descoberto por acidente, por causa de testes feitos para outros problemas médicos. Infelizmente, a maioria dos cânceres de esôfago não causa sintomas até atingir um estágio avançado, quando são mais difíceis de tratar. Os sintomas mais comuns de câncer de esôfago são: Dificuldade em engolir Dor no peito Perda de peso Rouquidão Tosse crônica Vômito Sangramento para o esôfago: esse sangue então passa pelo trato digestivo, o que pode tornar as fezes pretas. Com o tempo, essa perda de sangue pode levar à anemia (níveis baixos de glóbulos vermelhos), o que pode causar cansaço. Ter um ou mais sintomas não significa que você tenha câncer de esôfago. Na verdade, muitos desses sintomas são mais prováveis de serem causados por outras condições. Ainda assim, se você tiver algum desses sintomas, especialmente dificuldade para engolir, é importante que um médico os examine.
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DIAGNÓSTICOHá diferentes exames para diagnóstico de câncer de esôfago. A indicação vai depender do tipo de câncer suspeito, sinais e sintomas, idade e saúde geral do paciente e resultados obtidos com exames anteriores. Podemos dividi-los em exames de diagnóstico, estadiamento e prognósticos/definição de conduta terapêutica. O diagnóstico do câncer de esôfago é feito com uma endoscopia por meio da qual se reconhece a presença da lesão e se recolhe um fragmento – chamado biópsia – para análise pelo patologista. Confirmada a presença do tumor, segue-se então o estadiamento, que é a análise da extensão da doença no próprio órgão e em outras partes do corpo. Para esta finalidade, lançamos mão da Tomografia Computadorizada, da Broncoscopia (para casos em que o tumor pode ter relação com a via aérea), a Ecoendoscopia e o PET-CT. E, finalmente, para conhecermos melhor algumas características que o tumor pode apresentar e que teriam influência na tomada de decisão sobre o melhor tratamento pela equipe multidisciplinar, podem ser solicitados exames, como a pesquisa das proteínas HER2 e PD-L1 e dos produtos dos chamados genes de reparo do DNA (MLH1, MSH2, MLH6 e PMS2).
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TRATAMENTOO tratamento do câncer de esôfago pode ser dirigido para o órgão, em si, chamado de tratamento regional. Os mais comuns são cirurgia, radioterapia e endoscopia terapêutica. É mais provável que esses tratamentos sejam úteis para cânceres em estágios iniciais (menos avançados), embora também possam ser usados em algumas outras situações. Os tratamentos sistêmicos são medicamentos que podem ser administrados por via oral ou diretamente no sangue. Elas são chamadas de terapias sistêmicas porque viajam por todo o sistema, permitindo que alcancem as células cancerosas em quase qualquer parte do corpo. Dependendo do tipo de câncer de esôfago, diferentes de medicamentos podem ser usados, incluindo quimioterapia e mais recentemente a imunoterapia. De acordo com o estágio do câncer e de outros fatores, diferentes tipos de tratamento podem ser combinados ao mesmo tempo ou usados um após o outro. Alguns desses tratamentos também podem ser utilizados como tratamento paliativo quando todo o câncer não pode ser removido. O tratamento paliativo visa aliviar os sintomas, como dor e dificuldade para engolir, mas não se espera que cure o câncer.